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O que é peeling?

Por: Dra. Fabrícia Leal Zaganelli

Para entender o que é o peeling e por que ele funciona, precisamos entender como a nossa pele é estruturada. A pele conta com três camadas principais, da mais externa à mais interna: a epiderme, a derme e a hipoderme.

A primeira representa uma camada de proteção contra agressões. Ela contém células que produzem queratina (queratinócitos) e células produtoras de melanina (melanócitos), que protegem contra os raios UV do sol. A epiderme também contém uma camada de células basais (as células tronco da pele), que se dividem constantemente para renovar os queratinócitos.

O termo “peeling” geralmente se refere a procedimentos estéticos que buscam melhorar a aparência da pele de diversas regiões do corpo ao remover, de forma controlada, as camadas mais externas. Portanto, é um procedimento que promove a descamação da pele superficial, substituindo-a por uma pele mais delicada, rejuvenescida e com uma aparência mais saudável.

Ou seja, temos vários efeitos positivos. Por exemplo, isso estimula as células da camada basal a se multiplicarem mais rapidamente, produzindo células mais jovens. Também estimula os queratinócitos a produzir mais queratina, deixando a pele mais fina. Além disso, o peeling é capaz de reduzir o número de melanócitos disfuncionais, que acumulam excesso de melanina, uma das causas das manchas de pele.

O peeling é comumente utilizado para tratar uma variedade de condições da pele em diversas áreas do corpo, incluindo a região íntima. Quer saber mais sobre o tema? Acompanhe até o final!

Como o peeling é aplicado em tratamentos íntimos?

O peeling vem do inglês “to peel“, que significa descascar. Esse nome foi dado devido aos efeitos do procedimento, que, como vimos, promove a renovação da pele pela descamação. Há várias formas de realizar a descamação da pele:

  • peeling químico: é o mais comum e utiliza ácidos específicos para remover as camadas mais superficiais da pele. Cada tipo de ácido apresenta uma potência específica: os mais leves descamam apenas a camada mais superficial da epiderme, enquanto os mais potentes são capazes de atingir as áreas mais profundas;
  • peeling físico: utiliza agentes físicos, como a microdermoabrasão ou a laser, que “destroem” as células superficiais.

Na ginecologia, é comum que nós utilizemos o peeling químico, que apenas pode ser aplicado nos grandes lábios, e o laser. O peeling químico não pode ser utilizado em mucosas, como a mucosa vaginal, pois elas não contam com uma camada de queratina para protegê-las.

O peeling da região íntima

O peeling ginecológico é um procedimento estético que visa melhorar a aparência da pele da região íntima, incluindo os grandes lábios da vulva, a virilha e o monte pubiano, trazendo os seguintes efeitos positivos:

  • melhora a textura da pele. As células renovadas geralmente produzem mais colágeno, o que deixa a aparência superficial mais lisa;
  • elimina depósitos de queratina. Com o tempo, algumas áreas da pele podem acumular mais colágeno que outras, deixando manchas mais claras e um pouco elevadas. O peeling elimina essas áreas de excesso de queratina, uniformizando a aparência e a textura;
  • ameniza manchas. As gestações e o envelhecimento podem estimular o desenvolvimento de melanócitos disfuncionais, que são reduzidos com a aplicação do peeling;
  • reduzir a flacidez da pele. Com mais colágeno, a pele fica mais firme;
  • facilita a higienização. As rugosidades provocadas pelo envelhecimento da pele podem dificultar a higienização da vulva. Ao reduzi-las, o peeling ajuda a melhorar a eficiência da limpeza da região.

Com grandes lábios mais bonitos e funcionais, muitas mulheres percebem uma melhora significativa da qualidade de vida, relatando mais confiança na vida sexual e nos relacionamentos.

Indicações do peeling íntimo

O peeling da região íntima está indicado para as mulheres que estão incomodadas com a aparência da região íntima devido às mais diversas causas, como:

  • processo natural de envelhecimento;
  • manchas que surgem durante as gestações;
  • produção excessiva de melanina devido a distúrbios hormonais;
  • danos provocados por produtos contraindicados para a região íntima;
  • escurecimento causado pelo atrito com as roupas;
  • alterações provocadas pela depilação;
  • excesso de suor na vagina sem a higienização adequada.

O peeling químico é um tratamento muito seguro e pode ser utilizado por quaisquer mulheres que não tenham nenhuma contraindicação, como alergia aos produtos utilizados no tratamento.

Como é feito o peeling na região íntima?

Inicialmente, você deve passar por uma consulta com um ginecologista experiente e habilidade nesse tipo de tratamento. Essa é a melhor forma de obter um tratamento seguro e eficaz. Ele vai:

  • avaliar a sua região íntima;
  • buscar entender as causas das alterações e os seus objetivos com o tratamento;
  • identificar potenciais contraindicações.

A partir disso, ele vai elaborar um plano de tratamento. O número de sessões vai depender dessa avaliação inicial e da resposta de cada paciente à terapia. Cada sessão dura aproximadamente 30 minutos, em que os ácidos são aplicados na superfície dos grandes lábios. Deve haver um intervalo de 30 dias entre cada sessão.

A paciente deve evitar relações sexuais até que a região se dessensibilize (geralmente, após 5 dias). Devem-se também evitar roupas que pressionem a região, assim como a exposição da região ao sol durante todo o tratamento de peeling nos grandes lábios.

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