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Laser vaginal (laser íntimo): quando é indicado e como é feito?

Por: Dra. Fabrícia Leal Zaganelli

O laser é uma tecnologia que vem sendo, cada vez mais, aplicada nas mais diversas áreas da medicina. Afinal, quando bem indicado, é um tratamento muito seguro e eficaz para melhorar a funcionalidade dos tecidos orgânicos.

Nos últimos anos, a aplicação do laser na região íntima (laser vaginal) vem crescendo significativamente devido aos benefícios que traz para o bem-estar feminino, especialmente na após a menopausa. Além disso, felizmente, as mulheres vêm se empoderando no autocuidado e buscam diversas alternativas para conquistar mais qualidade de vida.

Quer saber mais sobre as indicações e como é feito o laser vaginal?

O que é laser vaginal?

O laser vaginal utiliza feixes de luz concentrados que são aplicados na vagina e na vulva com a finalidade de melhorar o trofismo dos tecidos desses órgãos. Em outras palavras, buscam aumentar a atividade das células. A técnica pode ser utilizada com finalidade reparadora ou estética a depender dos objetivos da paciente, tendo efeitos, como:

  • Redução de manchas e áreas escuras;
  • Revitalização do epitélio (tecido de revestimento da vagina e da vulva) com consequente melhora na lubrificação e na resistência local;
  • Redução da flacidez;
  • Melhora da textura.

Com isso, além de melhorar a função da região íntima, o laser traz efeitos de rejuvenescimento.

Tipos de laser vaginal

Atualmente, no Brasil, estão disponíveis dois tipos principais de laser vaginal:

  • O Zye (Erbium), que tem uma ação mais superficial, no nível do epitélio. Ao interagir com esse tecido, esse laser promove uma cascata de eventos físicos e bioquímicos que estimulam a proliferação celular;
  • O , que penetra mais profundamente na pele. Com isso, é capaz de interagir com a submucosa e o tecido conjuntivo, que são mais profundos. Assim, ele é mais versátil. Além dos benefícios do laser superficial, ele também é capaz de melhorar a vascularização, trazer mais elasticidade.

Quando é indicado?

O laser vaginal pode ser indicado com final

idade estética, melhorando a autoconfiança e a qualidade de vida das pacientes. A aplicação do laser íntimo estético melhora o aspecto da pele na região, reduzindo a flacidez, as manchas na pele e o aspecto ressecado.

Ele também pode ser indicado para uma série de sintomas causados por condições médicas. A seguir, vamos listar as indicações mais comuns e explicar melhor alguns casos especiais:

Nesse sentido, o laser vaginal é um importante aliado para aliviar os sintomas da síndrome urogenital da menopausa. Essa condição é causada pelas mudanças hormonais durante a menopausa. Durante esse período, a diminuição nos níveis de estrogênio pode resultar em alterações na mucosa uretral, vaginal e vesical.

Com isso, mulheres na menopausa frequentemente experimentam sintomas como secura vaginal, irritação, prurido, aumento da frequência urinária, incontinência urinária e maior propensão a infecções do trato urinário. Esses sintomas também podem surgir antes da menopausa devido à falência ovariana prematura (menopausa precoce).

Em muitos casos, o laser vaginal é utilizado como um adjuvante do tratamento hormonal, mas pode ser utilizado isoladamente. Isso é especialmente importante para pacientes que não podem utilizar a terapia hormonal, como mulheres que estão tratando o câncer de mama. O tratamento oncológico, apesar de fundamental para erradicar o tumor, podem provocar alterações na região íntima e prejudicar sua funcionalidade.

Outras indicações mais específicas do laser vaginal são:

  • Vaginismo;
  • Potencialização da recuperação da mucosa vaginal e do assoalho pélvico no pós-parto;
  • Pós-cirurgia bariátrica para restaurar o assoalho pélvico.

Como é feito?

É importante entender que não existe uma única modalidade de tratamento a laser. Nesse sentido, a preparação e as etapas para o procedimento podem variar. Por exemplo, há lasers que podem ser aplicados sem anestesia local, enquanto outros demandam algum tipo de anestésico tópico.

Laser de

Ele é aplicado por meio de uma ponteira cilíndrica com aproximadamente 15 centímetros. As aberturas da ponteira podem ser ajustadas para projetar o laser em 90º ou 360º, cuja escolha depende principalmente da finalidade do procedimento. O laser pode ser inserido na vagina ou ser irradiado superficialmente na vulva.

Por agir mais profundamente, essa modalidade é indicada para:

  • Melhorar a incontinência urinária ao estimular a recuperação da função do assoalho pélvica;
  • Melhorar a vascularização, lubrificação e a firmeza da região íntima, o que traz um efeito rejuvenescedor;
  • Estimulação da produção de colágeno na área externa da vulva;
  • Clareamento da região íntima.

A quantidade de sessões varia de acordo com a finalidade do tratamento. Em média, são necessárias 3 sessões com intervalo de 30 dias. Depois disso, podem ser realizadas sessões anuais de manutenção

Laser Zye

A forma de aplicar é ligeiramente diferente: o que muda é a potência do laser e as características do aparelho. Há duas ponteiras diferentes:

  • A de 90º age apenas na parede superior da vagina, tratando os sintomas da síndrome urogenital da menopausa e da incontinência urinária;
  • A de 360º age em todo o canal vaginal, promovendo também o rejuvenescimento e potencializando a vitalidade do tecido.

Portanto, o laser vaginal pode ser utilizado para diversas indicações com finalidades estéticas ou regenerativas. A escolha do tipo de laser e das características do plano terapêutico serão sempre individualizadas para as necessidades e os objetivos de cada paciente. Por esse motivo, é importante buscar um médico especializado e experiente em terapias para a região íntima.

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