Os tratamentos estéticos ginecológicos podem desempenhar um papel fundamental na conquista de mais qualidade de vida para as mulheres, melhorando tanto queixas estéticas quanto funcionais na região íntima feminina. Por exemplo, o laser vaginal é uma terapia inovadora que utiliza equipamentos de última geração para proporcionar segurança e resultados de alta qualidade às pacientes.
A tecnologia a laser é muito segura e tem sido empregada na medicina e na estética por muitos anos para tratar questões como manchas, envelhecimento da pele e depilação a laser. Esse tratamento é notável devido ao seu mecanismo avançado, que envolve a emissão de feixes de luz altamente energética, ajustados de acordo com as necessidades específicas de cada área do corpo.
Recentemente, vem sendo aplicado para melhorar a saúde ginecológica das pacientes, pois pode melhorar a funcionalidade e a aparência da região íntima. Para isso, precisa ser aplicado por ginecologistas, que conhecem bem a anatomia do sistema reprodutor feminino. Quer saber mais sobre esse assunto tão importante? Acompanhe até o final!
O que é laser vaginal?
O laser vaginal é um tratamento inovador para diversas queixas estéticas e funcionais da região íntima feminina. Essa terapia é feita com aparelhos especializados para proporcionar segurança e qualidade para as pacientes. Portanto, essa modalidade de terapia é tão efetiva devido a seu mecanismo avançado.
O aparelho de laser emite feixes concentrados de luz de uma mesma cor. A luz é uma onda eletromagnética altamente energética. Cada tecido do corpo apresenta suas próprias características em relação às frequências de luz que absorve. Além disso, o laser pode ser direcionado em diferentes ângulos para focar em regiões específicas. Assim, pode-se desenvolver um tratamento personalizado para cada localidade corporal com base no efeito desejado.
Na região íntima, o tratamento a laser objetiva promover o aquecimento da região, o que faz com que haja lesões minúsculas e indolores na região, além de dilatar os vasos locais. Assim, o corpo passa a produzir mais fatores de crescimento e substâncias que estimulam a produção de colágeno nas camadas mais profundas da pele, deixando a vagina mais elástica.
O laser também promove o crescimento do epitélio de revestimento da vagina, que se torna hipotrofiado (“fino”) devido à redução dos níveis de estrogênio que ocorre na menopausa e na falência ovariana precoce. Isso ajuda a reduzir o ressecamento na região. Por fim, o laser pode ser eliminar manchas superficiais, o que clareia a superfície da região e pode trazer benefícios estéticos para mulheres de todas as idades.
Tipos de laser íntimo
Os tratamentos com lasers íntimos são oferecidos duas opções principais:
- O Zye, também conhecido como Erbium, atua de forma mais superficial;
- O CO2 penetra mais profundamente nos tecidos.
É importante notar que o uso de CO2 está associado a possíveis complicações, como dispareunia (dor durante o ato sexual) e formação de fibrose, enquanto o laser Zye ainda não apresenta relatos desses efeitos colaterais.
A escolha entre esses tipos de laser é uma decisão individualizada, dependendo das necessidades e preocupações específicas de cada paciente. Por isso, é crucial que um ginecologista qualificado avalie cuidadosamente a paciente para determinar qual tratamento é mais adequado para o seu caso. Esse profissional considerará todos os fatores individuais para garantir os melhores resultados possíveis e minimizar qualquer risco potencial.
Indicações do laser vaginal
O laser vaginal pode ser recomendado para as seguintes indicações:
- Atrofia vaginal: é comum durante a menopausa, fazendo parte da síndrome geniturinária da menopausa. Também pode ocorrer em casos de menopausa precoce (falência ovariana prematura);
- Incontinência Urinária: o laser estimula o fortalecimento dos tecidos do assoalho pélvico, ajudando a reduzir a incontinência urinária;
- Revitalização da mucosa vaginal: o laser estimula a produção de colágeno, o que melhora a elasticidade, promovendo a saúde geral da região íntima e trazendo mais conforto nas relações íntimas;
- Prolapso genital: o laser vaginal pode ser um tratamento preventivo ou coadjuvante para o prolapso genital, em que os órgãos pélvicos se deslocam da posição normal;
- Melhora da lubrificação: por estimular o desenvolvimento do epitélio vaginal, o laser pode aliviar o ressecamento vaginal, uma queixa muito comum entre as mulheres;
- Melhora da estética: além dos benefícios clínicos, o laser vaginal também pode ser utilizado para melhorar a aparência da pele da região íntima ao reduzir manchas e uniformizar a textura da pele;
- Infecções de Repetição: em alguns casos, o laser pode ser indicado como coadjuvante no tratamento de infecções recorrentes na área vaginal;
- Vaginismo: a terapia a laser também pode ser parte de um plano de tratamento para mulheres que sofrem de vaginismo, caracterizado pela contração involuntária dos músculos vaginais durante a relação sexual.
Há também situações mais específicas para as quais o laser vaginal pode ser recomendado, como:
- Após o parto para acelerar a recuperação da mucosa vaginal e do assoalho pélvico;
- Após cirurgia bariátrica para melhorar a condição do assoalho pélvico, que pode ter se afrouxado devido à pressão exercida pelo excesso de gordura abdominal;
- Para tratar a função vaginal em mulheres que não podem utilizar produtos hormonais.
Como é feita a aplicação do laser íntimo?
O procedimento de laser vaginal é realizado com equipamentos específicos projetados para tratar a área vaginal. Em alguns casos, anestésicos podem ser usados. Um dos tipos de laser utilizados é o CO2, que envolve uma ponteira cilíndrica com várias aberturas, as quais podem projetar o laser em 90º ou 360º. A aplicação interna envolve a inserção da ponteira pelo canal vaginal, enquanto a aplicação externa abrange toda a vulva.
Outra opção é o laser Erbium (laser Zye), que atua de forma mais superficial do que o CO2 e é conhecido por ter menos efeitos colaterais. Ele é aplicado com um dispositivo semelhante a uma pistola, com várias ponteiras para diferentes finalidades.
A ponteira de 90º pode ser inserida pela via intravaginal parar trata síndrome urogenital da menopausa e incontinência urinária. Já a de 360º age em toda a extensão vaginal para rejuvenescimento e tratamento de infecções recorrentes. Além disso, há uma ponteira para clareamento externo da vulva.
O número de sessões e o intervalo entre elas varia de acordo com a indicação e as características da paciente. Todo o tratamento geralmente consiste em 3 sessões com um mês de intervalo, seguidas por sessões anuais de manutenção. Após o procedimento, é necessário evitar relações sexuais por uma semana e exposição solar.
Quer saber mais sobre o laser vaginal e como é feita sua aplicação? Confira nosso post completo sobre o assunto!