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Tomografia na ortopedia: saiba mais sobre o assunto

Por: Dr. Sonival Azevedo Oliveira

A ortopedia é uma especialidade médica que se dedica ao diagnóstico, tratamento, reabilitação e prevenção de lesões e doenças do sistema musculoesquelético. Esse sistema complexo inclui ossos, articulações, ligamentos, tendões e músculos.

Ao enfrentar problemas musculoesqueléticos, é natural se sentir ansioso e ter muitas perguntas. Entender o processo de diagnóstico pode aliviar algumas dessas preocupações, permitindo que você se sinta mais preparado ao entrar em uma consulta ou ao receber um diagnóstico.

O diagnóstico ortopédico começa com uma avaliação ampla da sua história médica, seguida de um exame físico focado. Com isso, procuramos identificar sinais e sintomas específicos que podem apontar para determinadas condições.

Depois disso, podemos requisitar exames de imagem, como radiografias, ultrassonografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética. Eles são ferramentas valiosas que frequentemente usamos para visualizar a área lesionada com mais detalhes. Em alguns casos, também podem ser necessários testes laboratoriais ou procedimentos especializados.

No entanto, o diagnóstico ortopédico não se resume apenas a identificar a doença ou lesão. Também é fundamental avaliar o impacto da condição na sua qualidade de vida e funcionamento diário.

Com essa informação em mãos, somos capazes de criar um plano de tratamento personalizado que não apenas trate a condição, mas também o ajude a retomar suas atividades normais o mais rápido e seguro possível.

Quer saber mais sobre a tomografia, um dos exames que podem fazer parte do processo de diagnóstico ortopédico? Leia nosso post até o final!

O que é tomografia?

A tomografia é um tipo de exame de imagem que permite a visualização de estruturas internas do corpo em alta definição. O termo “tomografia” provém do grego e significa “imagem por secções”.

A tomografia computadorizada usa um equipamento de raios-X para capturar imagens de seções transversais (“fatias”) do corpo. O scanner de TC roda ao redor do corpo do paciente, enviando raios-X de diferentes ângulos. Esses raios são então detectados do outro lado do aparelho por uma série de detectores.

A informação de todas essas imagens é enviada para um computador, que as combina para produzir uma visão detalhada do interior do organismo. As imagens podem ser visualizadas como seções individuais ou em uma visão 3D das estruturas internas.

A tomografia computadorizada é útil para examinar pessoas que sofreram traumas, como acidentes de carro. É também frequentemente utilizada para guiar procedimentos médicos, como biópsias e radioterapia, e para planejar cirurgias.

É importante observar que a tomografia computadorizada envolve exposição à radiação. Embora a quantidade de radiação de um único exame de TC seja geralmente baixa, a decisão de realizar uma tomografia computadorizada deve ser baseada em uma avaliação médica cuidadosa de seus benefícios e riscos.

Quando a tomografia pode ser solicitada na ortopedia?

Devido à sua alta resolução e capacidade de criar imagens detalhadas dos ossos, a TC é frequentemente usada para avaliar várias condições ortopédicas. Aqui estão algumas situações comuns em que a TC pode ser solicitada na ortopedia:

  • Trauma: o exame é extremamente útil na avaliação de traumas, especialmente fraturas complexas que envolvem articulações, como as do punho, cotovelo e mãos. A TC pode ajudar a entender melhor o padrão de fratura e auxiliar no planejamento do tratamento;
  • Planejamento de cirurgia: a TC é frequentemente utilizada para planejar procedimentos cirúrgicos, especialmente em casos de cirurgia ortopédica complexa, como a substituição total de articulações, cirurgia da coluna vertebral ou correção de deformidades ósseas;
  • Avaliação de massas ósseas ou de tumores de tecidos moles: a TC pode ser usada para avaliar a extensão de um tumor ósseo ou uma massa suspeita, ajudando a diferenciar entre tumores benignos e malignos. Ela também pode ser usada para estadiar as lesões e planejar a remoção cirúrgica de tais massas;
  • Avaliação de doenças degenerativas: em algumas situações, a TC pode ser utilizada para avaliar doenças degenerativas, como osteoartrite da mão e do punho. Ela pode ajudar a mostrar o grau de desgaste da articulação e auxiliar na decisão do melhor tratamento;
  • Avaliação da coluna vertebral: a tomografia é muito útil para avaliar doenças da coluna vertebral, como hérnia de disco, estenose espinhal ou fraturas da coluna. Ela fornece imagens detalhadas das vértebras e pode ajudar a identificar quais estruturas estão causando os sintomas do paciente.

Quais as limitações da tomografia na ortopedia?

Apesar de a tomografia computadorizada (TC) ser uma ferramenta de imagem poderosa para fornecer imagens detalhadas de ossos, articulações e outras estruturas do sistema musculoesquelético, ela também tem suas limitações. Aqui estão algumas delas:

  • Exposição à radiação: a TC utiliza raios-X, o que significa que o paciente é exposto à radiação. A quantidade de radiação de um único exame de TC é geralmente pequena para adultos em geral. No entanto, deve-se evitar o exame em crianças e mulheres grávidas a menos que seja realmente necessário;
  • Detalhes dos tecidos moles: a TC é excelente para visualizar ossos, mas não é tão eficaz na imagem de tecidos moles como músculos, tendões, ligamentos e nervos. Nesses casos, a ressonância magnética (RM) pode fornecer uma imagem muito mais clara e detalhada dessas estruturas;
  • Custo e acesso: em comparação com outros exames de imagem, como radiografias e ultrassom, a TC pode ser mais cara;
  • Contraste: em alguns casos, um agente de contraste iodado é injetado no paciente para melhorar a qualidade das imagens. Algumas pessoas são alérgicas ao contraste ou não podem recebê-lo devido à função renal comprometida;
  • Interpretação de imagens: a interpretação das imagens de TC requer treinamento e experiência especializados.

Apesar destas limitações, a tomografia computadorizada continua sendo uma ferramenta de imagem extremamente valiosa em muitos cenários ortopédicos. No entanto, como qualquer exame complementar, deve ser realizada e interpretada com base nos dados clínicos do paciente.

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