A tenossinovite é uma forma de tendinite caracterizada pela inflamação da bainha de revestimento do tendão. É uma condição menos popularmente conhecida e que pode ser confundida devido a semelhança da sintomatologia da tendinite.

A ortopedia é um campo amplo da medicina que atende diversas doenças e comorbidades. É uma especialidade médica responsável por diagnosticar, tratar e acompanhar as lesões que acometem os músculos, ossos, ligamentos e articulações.

Dentre as patologias estudadas pela ortopedia, estão:

• Tendinite;
• Tenossinovite;
• Lombalgias e lombociatalgia;
• Cervicobraquialgia;
• Dedo em gatilho;
• Bursite;
• Síndrome do túnel do carpo;
• Rupturas de ligamentos.

Essas e diversas outras condições podem ser tratadas por ortopedistas. Vale ressaltar que a ortopedia é uma área da medicina com grande atuação cirúrgica, isto é, grande parte dessas condições tem o procedimento cirúrgico como alternativa terapêutica.

Uma especialização da cirurgia ortopédica, por exemplo, é a microcirurgia indicada para reconstrução de pequenas estruturas lesionadas, como a manipulação de vasos e nervos de pequeno calibre.

A tenossinovite então, por se tratar de uma condição que envolve os tendões nos mecanismos de desenvolvimento e inflamação, é tratada pela especialidade médica ortopédica.

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O que é tenossinovite? Quais são as principais causas?

A tenossinovite consiste em uma inflamação do tendão e da bainha que o envolve. Bainhas tendíneas são estruturas que formam pontes ou túneis entre as superfícies ósseas sobre as quais deslizam os tendões.

A função dessas bainhas é conter o tendão, permitindo-lhe um deslizamento fácil durante a movimentação dos membros. Os locais mais comuns de desenvolvimento da tenossinovite são mãos, punhos e pés.

A partir disso, algumas formas da tenossinovite que são mais comuns foram nomeadas, como:

• Tenossinovite De Quervain: processo inflamatório que ocorre nos tendões localizados no punho no lado referente ao polegar – tendões extensor e abdutor do polegar;
• Tenossinovite estenosante: condição conhecida como dedo em gatilho pois provoca a contratura da flexão das articulações e interfere nos movimentos de dobra e extensão do dedo afetado.

Dentre as principais causas para tenossinovite estão infecções de agentes que se proliferam no interior das bainhas, como Staphylococcus aureus e Staphylococcus epidermidis, por exemplo.

Outras causas são a utilização excessiva da articulação, fatores autoimunes, como artrite reumatóide e artrite psoriática, e de idiopática (quando o fator desencadeante não é bem esclarecido).

Quais são os sintomas?

O sintoma mais clássico da tenossinovite é a dor na região acometida, sendo mais comum em mãos, punho e pés. Podem estar associados o edema (inchaço) e limitação do movimento de articulações.

Em quadros de tenossinovites associados à artrite é comum o surgimento de nódulos e outras deformidades nas mãos.

Já nos casos de dedo em gatilho, é comum os pacientes se queixarem de dor na palma da mão, base dos dedos e na região correspondente ao trajeto dos tendões flexores.

Nos casos graves, a limitação do movimento pode ser severa e ocorre a contratura fixa, fazendo com que o dedo permaneça constantemente flexionado.

Na tenossinovite de Quervain sintomas como dor e inchaço na porção lateral do punho referente ao polegar e base do dedo são comuns. A dor pode se estender em direção ao antebraço e se intensificar de acordo com movimentos específicos do punho.

Além disso, o paciente pode relatar a sensação de travamento da articulação.

Como é feito o diagnóstico?

Para o diagnóstico, inicialmente é necessário a realização de uma investigação completa da histórica clínica. Informações como data de início da dor, recorrência, intensidade, fatores de melhora ou piora, e outras são essenciais para o raciocínio clínico.

Partindo disso, durante o exame físico é possível realizar manobras e movimentos para constatação da dor e identificação dos movimentos pelo qual a dor é intensificada, bem como a limitação de alguns deles devido ao quadro de tenossinovite.

O teste de Finklestein é muito utilizado para a identificação de quadros de tenossinovite De Quervain, por exemplo. Ela consiste em realizar o desvio medial do punho fechado com o polegar flexionado em direção à palma da mão.

Pacientes com tenossinovite De Quervain apresentam resposta dolorosa ao movimento, que irradia em direção ao antebraço e cotovelo, seguindo o trajeto dos tendões inflamados.

Alguns exames laboratoriais para avaliar a resposta inflamatória do organismo do paciente podem ser solicitados. Apesar disso, são mais solicitados diante da suspeita de quadros processos infecciosos ou de doenças autoimunes.

Exames de imagem como ultrassonografia e ressonância magnética também podem auxiliar no processo diagnóstico de tenossinovite, pois permitem identificar o espessamento de tendões como sinal de inflamação das estruturas.

É importante que durante a investigação clínica, o médico avaliador identifique o agente causador da tenossinovite, visto que dessa forma o tratamento pode ser direcionado a fim de melhorar o quadro completamente.

E o tratamento?

Como foi dito, é importante identificar o agente causador de tenossinovite para determinar o tratamento mais indicado. Em quadros infecciosos, por exemplo, além de tratar a dor é importante utilizar antibióticos para cessar a infecção.

Para quadros de tenossinovite não infeccioso o tratamento medicamentoso de escolha é a base de anti-inflamatórios não hormonais. Além disso, é importante se manter em repouso, imobilizar a articulação e aplicação de calor ou frio, a depender da recomendação médica.

Em quadros mais graves de dor intensa ou processo crônico, pode ser indicada a infiltração com corticoides de liberação lenta. A indicação de intervenções cirúrgicas é mais rara, principalmente quando a tenossinovite não responde bem ao tratamento farmacológico.

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