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Rinite: saiba identificar os sintomas

Por: Dra. Elaine Vidigal

A rinite cursa de forma variada como a presença dos seguintes sintomas: espirros, coriza, coceira nasal, alterações olfativas e gustativas, assim como congestão nasal. Eles ocorrem devido à inflamação dos seios nasais, que causa edema e irritação local. Várias doenças respiratórias provocam essas manifestações mais gerais, como gripe e resfriado.

Popularmente, entretanto, quando uma pessoa fala rinite, ela não está se referindo a esse conceito mais técnico que explicamos acima. Na verdade, ela quer se referir a um problema específico, a rinite alérgica. Essa condição pode causar bastante incômodo, além de desencadear complicações.

Quer entender melhor o assunto? Acompanhe o nosso post!

Sintomas da rinite

As manifestações mais comuns são:

  • Espirros;
  • Coriza;
  • Prurido nasal (coceira);
  • Alteração no olfato e paladar;
  • Congestão nasal.

No entanto, há sintomas que estão mais relacionados a algumas formas específicas de rinite. Cada uma delas apresentará mecanismos e fatores de risco diferentes. Entenda!

Rinite alérgica

É causada por uma reação anormal do nosso sistema imunológico a substâncias presentes no ambiente, como o pólen, a poeira e o mofo. Para caracterizá-la, é muito importante entender se os sintomas são desencadeados ou exacerbados por algum gatilho.

Por exemplo, o nariz entope ou uma crise de espirros se inicia quando você entra em contato com pelo de animais, ácaros, mofo, cigarro, perfumes e tantos outros potenciais alérgenos e irritantes.

Quando a pessoa apresenta alergia a substâncias muito comuns no ambiente, pode haver a presença de obstrução nasal ou outro sintoma de forma persistente. Nesses casos, para a diferenciação, podemos investigar se há fatores que pioram as crises.

Alguns outros sintomas podem estar associados à rinite alérgica, como:

  • Gotejamento pós-nasal e tosse: ocorre quando as secreções acumuladas nos seios nasais passam para a faringe. Então, crises de tosses podem ocorrer, especialmente ao deitar e logo após o despertar;
  • Fadiga: a rinite alérgica pode atrapalhar a respiração no dia a dia, durante os exercícios e o sono dos pacientes. Isso pode provocar uma sensação maior de cansaço. Quando compromete a qualidade do sono, o quadro pode atrapalhar a vida do indivíduo, que não se sente descansado.

Além disso, as pessoas podem apresentar diferentes padrões de rinite. Em algumas delas os sintomas de coceira, espirros e secreção nasal são mais frequentes. Outras, porém, manifestam principalmente obstrução nasal.

Os principais fatores de risco para a rinite alérgica são:

  • Histórico familiar de atopia, isso é, de asma, rinite alérgica ou dermatite atópica.
  • Mãe tabagista durante a gestação e o primeiro ano de vida;
  • Maior exposição aos alérgenos.

Rinites não-alérgicas

São causadas por substâncias irritantes, mas que não desencadeiam uma resposta exagerada das células imunes. Pode, por exemplo, ser causada pela mudança de temperatura ou por certos alimentos.

Uma forma cada vez mais comum de rinite não-alérgica é a rinite medicamentosa. O uso indiscriminado de descongestionantes nasais pode fazer com que a pessoa desenvolva um quadro mais crônico ou exacerbado de rinite.

Rinite da gravidez

Nos últimos meses da gestação a mulher pode apresentar um quadro sintomático sem que ela tenha história de alguma alergia respiratória. Possivelmente isso acontece devido a alterações hormonais, que podem desencadear alergias em mulheres suscetíveis ou que apresentavam um quadro mais leve. No entanto, a rinite hormonal também pode acontecer fora das gestações.

Rinite ocupacional

Acontece pela irritação causada por substâncias presentes no ambiente de trabalho e que são irritantes ou alergênicas para a pessoa. Em geral, a pessoa tem um alívio dos sintomas quando não está realizando suas atividades ocupacionais.

 

Rinite infecciosa

Para se defender de microrganismos que atacam as vias aéreas, o nosso sistema imunológico pode iniciar uma reação inflamatória. Além da rinite, ela também vai provocar sintomas mais sistêmicos, como febre e dor no corpo.

As infecções, porém, geralmente causam outros sintomas craniofaciais associados à rinite, como:

  • Pressão e/ou dor nas faces;
  • Cefaleia (dor de cabeça);
  • Secreção nasal purulenta (amarelada ou verde), entre outros.

Essa última manifestação pode estar relacionada com a sinusite bacteriana. Pessoas com rinite alérgica ou outras formas crônicas estão mais susceptíveis a essa condição.

As complicações da Rinite

Pacientes com rinite crônica (alérgica ou não alérgica) podem ter o bem-estar prejudicado e manifestar as complicações:

  • Psíquicos e cognitivos, como baixa atenção, ansiedade e irritabilidade;
  • Apneia ou hipopneia obstrutiva do sono, que é a interrupção do fluxo de ar. Além de prejuízos cognitivos, essa complicação aumenta o risco de doenças cardiovasculares, dentre outras;
  • Crianças e jovens podem apresentar um pior desempenho escolar, enquanto os adultos podem enfrentar dificuldades no trabalho;
  • As crianças, por estarem em fase de desenvolvimento, podem sofrer alterações anatômicas craniofaciais, como palato em ogiva (céu da boca alterado), modificações da arcada dentária, bruxismo, ressecamento labial e perda do tônus muscular da face.

O tratamento da rinite dependerá de sua causa, sendo individualizado para cada pessoa. Por isso, em um primeiro momento, o médico realizará a entrevista clínica (anamnese) e o exame físico do paciente.

De acordo com os achados, ele pode indicar alguns exames complementares (radiografias, testes sanguíneos ou cutâneos). Após achar uma causa mais provável, o tratamento pode envolver o uso de corticoides nasais, antialérgicos, imunoterapia, procedimentos cirúrgicos, entre outros.

Quer saber mais sobre a rinite e seu tratamento? Confira nosso artigo institucional bem completo sobre esse assunto!

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