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Ressonância magnética na ortopedia

Por: Dr. Sonival Azevedo Oliveira

A ressonância magnética é uma técnica de imagem que tem se mostrado muito útil na ortopedia, além de diversas outras áreas da medicina, permitindo um diagnóstico preciso de lesões musculoesqueléticas.

Ela utiliza ondas de radiofrequência e um forte campo magnético para produzir imagens detalhadas dos tecidos moles do corpo humano, incluindo músculos, tendões, ligamentos e cartilagem.

Por ser uma técnica não invasiva e que não utiliza radiação ionizante, a ressonância magnética na ortopedia é segura e não prejudicial. Além disso, ela é capaz de produzir imagens de alta resolução, o que permite aos médicos identificar lesões que poderiam ser perdidas em outros tipos de exames.

Se você sofreu uma lesão musculoesquelética e está buscando um diagnóstico preciso, a ressonância magnética pode ser uma técnica indicada para o processo diagnóstico. Continue a leitura deste texto e entenda melhor o que é a ressonância magnética na ortopedia.

Como funciona a ressonância magnética?

O exame de ressonância magnética é baseado em fenômenos físicos complexos que envolvem o alinhamento dos spins dos núcleos atômicos e a geração de um sinal de radiofrequência.

O corpo humano é composto por átomos, e cada átomo tem um núcleo carregado positivamente que é cercado por elétrons carregados negativamente. Esses núcleos têm uma propriedade chamada spin, que é uma medida da rotação do núcleo em torno do seu próprio eixo.

Quando o corpo é colocado em um campo magnético forte, como o utilizado na ressonância magnética, os spins dos núcleos se alinham com o campo magnético. Em seguida, um sinal de radiofrequência é aplicado ao corpo, fazendo com que os spins dos núcleos mudem de direção e girem ao redor do campo magnético.

Quando a radiofrequência é desligada, os spins dos núcleos retornam ao seu estado de alinhamento com o campo magnético. Durante esse processo, os núcleos emitem um sinal de radiofrequência, que é detectado pelo equipamento da ressonância magnética e transformado em uma imagem.

Essas imagens são então processadas para produzir uma imagem detalhada dos tecidos moles do corpo. Os diferentes tipos de tecido têm diferentes propriedades magnéticas, o que resulta em uma variação no sinal de radiofrequência emitido pelos núcleos e, por sua vez, em diferentes tons na imagem final.

Quando a ressonância magnética pode ser solicitada na ortopedia?

A ressonância magnética é uma das principais ferramentas diagnósticas na ortopedia, permitindo a visualização detalhada de tecidos moles, ossos e articulações.

Contudo, além da ressonância magnética, outros exames de imagem também são usados na ortopedia, como radiografias, tomografias computadorizadas e ultrassonografias. Cada um desses exames tem suas próprias vantagens e limitações, e o médico pode solicitar um ou mais deles dependendo da suspeita diagnóstica.

A lista a seguir contém alguns dos diagnósticos identificados com ajuda da ressonância magnética na ortopedia:

Para a cervicobraquialgia e na lombocitalgia, a ressonância magnética ajuda a identificar hérnias de disco, compressões nervosas e outras lesões na coluna cervical na coluna lombar, como estenoses e outras anormalidades.

Na síndrome do túnel do carpo, a ressonância magnética colabora para identificar compressões do nervo mediano e outras anormalidades no punho, enquanto nos casos de tendinite e tenossinovite, o exame pode mostrar inflamações e lesões nos tendões e avaliar a integridade estrutural do tecido mole.

Um bom diagnóstico é a chave para um tratamento bem-sucedido

É importante realizar um bom diagnóstico em ortopedia para que seja possível encontrar o melhor tratamento para cada condição. O diagnóstico preciso pode ajudar a evitar a progressão da doença, reduzir os sintomas e melhorar a qualidade de vida.

Ressaltamos que somente os exames físicos e de imagem podem ajudar a identificar lesões nos ossos, músculos, tendões e ligamentos, e é com base nessas informações que o médico pode recomendar o tratamento mais adequado.

Lembre-se de que a abordagem terapêutica pode variar de acordo com a gravidade da condição e de necessidades individuais, específicas de cada caso, mas de forma geral o tratamento pode envolver repouso, fisioterapia, medicamentos e, em alguns casos, procedimentos cirúrgicos.

Conheça os principais tratamentos para essas condições

Os tratamentos mais adequados para cada das condições mencionadas variam de acordo com o quadro clínico do paciente e o estágio de agravamento.

Para todas as condições, o tratamento mais comum inclui fisioterapia, uso de analgésicos e anti-inflamatórios, além de medidas para reduzir a sobrecarga das regiões afetadas.

Na cervicobraquialgia e na lombocitalgia, além do tratamento medicamentoso, também pode ser necessário o uso de imobilizações e até mesmo cirurgias corretivas, enquanto na síndrome do túnel do carpo, tendinite e tenossinovite o tratamento pode incluir ainda o uso de talas para imobilizar o punho e repouso.

O dedo em gatilho é uma condição que não precisa da ressonância magnética na ortopedia para ser diagnosticada: leia mais sobre ela tocando neste link.

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