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O que é urticária?

Por: Dra. Elaine Vidigal

As alergias são provocadas por um excesso de reatividade do sistema imunológica contra substâncias presentes no meio ambiente, medicamentos, aditivos alimentares, entre outras. Em alguns casos, essas alergias podem atingir a pele e causar um quadro de urticária, em que há lesões avermelhadas geralmente acompanhadas de coceira (prurido) intenso.

No entanto, nem sempre o quadro estará associado a uma exposição aguda a um alérgeno desencadeante. A maioria das pessoas com urticária crônica apresenta uma forma idiopática, isto é, sem uma causa esclarecida. Quer entender melhor essa condição tão complexa? Confira nosso post!

O que é urticária e quais são seus tipos?

A urticária é uma lesão que se caracteriza pelo surgimento de placas vermelhas na pele. Geralmente, ela é acompanhada de prurido e pode ser deflagrada por diversos alérgenos e, em casos crônicos, a origem pode ser ainda mais complexa.

Seus principais sintomas são:

  • Lesões urticariformes — são placas eritematosas (rosadas ou vermelhas), que podem se restringir a uma região bem delimitada ou serem generalizadas;
  • Coceira — é geralmente intensa e causa um incômodo muito grande ao paciente, geralmente sendo o principal motivo da consulta;
  • Angioedema — é o edema (inchaço) até camadas mais profundas da pele, que ocorre em casos mais graves e pode atingir também mucosas internas.

A urticária pode ser aguda ou crônica:

  • Aguda — são quadros em que os sintomas estão presentes por menos de 6 semanas. A crise surge com a exposição a um alérgeno específico ou um contato A recorrência é incomum quando o fator desencadeante é evitado pelo paciente;
  • Crônico — os sintomas persistem ou recorrem frequentemente em um curso de mais de seis semanas, estando presentes na maior parte dos dias. As causas exatas de um quadro crônico de crises de urticária ainda não são completamente compreendidas. Essa condição pode ser ainda subdivida em dois grupos: as espontâneas e as induzidas. As primeiras ocorrem sem que um fator externo seja identificado. A induzida é desencadeada por um estímulo específico, que pode ser físico, químico ou biológico.

Uma das formas de diferenciar a espontânea da induzida é a realização de testes de provocação alergênica. Caso haja uma reação cutânea a algum fator de exposição do exame, é provável que ele possa estar relacionado com as crises.

Ainda, a urticária crônica pode ser classificada de outras formas, havendo inúmeros tipos, como:

  • Deflagrada por estímulos físicos ambientais;
  • Secundária a doenças reumatológicas, neoplásicas, entre outras;
  • Dermográfica — pressão ou fricção na pele;
  • Colinérgicas, cujo gatilho é o aumento da temperatura do corpo durante exercícios físicos ou exposição maior ao sol;
  • Aquagênica, causada pelo contato com a água.

Quais podem ser as causas?

Não sabemos as causas exatas de muitos tipos de urticária, mas o mecanismo geral é bem compreendido. A urticária é desencadeada por um tipo de célula imunológica, o mastócito, que está presente em diversas alergias. A presença de basófilos também relacionadas à hiper-reatividade também já foi identificada.

Essas células liberam uma grande quantidade de:

  • Histamina, um mediador que age como neurotransmissor que provoca a sensação de coceira;
  • Vasodilatadores, que aumentam o volume dos vasos e levam ao acúmulo de líquido entre os tecidos.

Então, surgem os sintomas tão incômodos para os pacientes.

Tratamento da urticária

O tratamento é sempre individualizado de acordo com os objetivos do paciente e seu quadro específico. O primeiro passo é a determinação se a condição é aguda ou crônica, induzida ou espontânea. A partir disso, podemos recomendar exames complementares e outras medidas que vão auxiliar no diagnóstico diferencial.

Uma vez que tenha sido identificado um fator desencadeante, a conduta principal é evitar a exposição a ele. Para o alívio dos sintomas, pode ainda ser prescrito um anti-histamínico com boa ação sobre a pele e sintomas de prurido.

No caso das urticárias crônicas espontâneas e idiopáticas, o tratamento é mais complexo. Primeiramente, avalia-se a resposta a anti-histamínicos. Se ela for ruim ou parcial, a prescrição após avaliação médica de corticoides por um curto período está indicada. Em alguns casos, pode ser necessário empregar imunossupressores e imunomoduladores.

Quer saber mais sobre a urticária e como seu tratamento pode ser feito? Confira nosso artigo institucional exclusivo sobre o tema!

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