A mastopexia é a cirurgia de lifting (elevação) das mamas. Em geral, ela é indicada para mulheres com queixa de ptose mamária, a queda/flacidez dos seios. Para isso, é feita a remoção do excesso de pele, o que resulta em um novo contorno nessa região. Nesse sentido, é importante ressaltar que ela tem o objetivo de harmonizar e não de eliminar totalmente a flacidez.
O quadro de ptose das mamas pode ocorrer devido a diferentes causas, como a força da gravidade, o envelhecimento, nas pacientes com seios maiores, devido às mudanças no volume mamário durante a gestação, as mudanças da própria fisiologia mamária como ocorre na menopausa (substituição da glândula por gordura), a genética da pele, a presença de estrias ou nos processos de alternância de peso (efeito sanfona).
Além disso, a flacidez dos seios também pode ser uma queixa de pacientes com um volume mamário menor. Nesses casos é possível realizar a mastopexia com implante de silicone.
Quer entender melhor esse tema? Acompanhe o nosso post!
O que é mastopexia?
A mastopexia é uma cirurgia em que é feita a retirada de pele excedente na região mamária, geralmente indicada quando a paciente se queixa de flacidez na região. Busca-se harmonizar e tratar de forma proporcional o tecido adiposo e as glândulas. Como resultado, a ptose (queda) é amenizada e os seios são remodelados para um formato e tamanho mais harmonioso.
Indicações da mastopexia
A principal indicação da mastopexia é a ptose mamária, a flacidez da pele na região dos seios, a qual também resulta na queda do perfil das mamas. Isso pode acontecer devido a:
- processos que envolvem uma alteração mais expressiva do volume mamária, como as gestações, a amamentação, as mudanças de peso;
- ação da gravidade (força G), isto é, o próprio peso das mamas vai forçando a pele e agravando a flacidez. Além disso, à medida que a mulher envelhece, a pele se torna menos firme e, portanto, ficam mais evidentes os efeitos da gravidade;
- qualidade e estrutura da pele;
- tendência genética;
- substituição das glândulas mamárias pelo tecido adiposo após a menopausa.
Como é feita a mastopexia?
Não existe um método único para realizar nenhum tipo de mastopexia. Várias técnicas cirúrgicas já foram desenvolvidas até hoje. Em geral, não existe uma melhor para a outra. O que há é uma melhor adequação delas a cada caso individualizado.
Portanto, a escolha depende de fatores, como os objetivos e as características da paciente. Buscamos sempre aquela com maior chance de oferecer resultados satisfatórios e duradouros.
Por exemplo, uma das escolhas mais importantes é o plano cirúrgico, que segue critérios, como:
- aspecto das aréolas;
- grau de ptose (queda);
- intensidade da flacidez;
- volume de tecido mamário;
- extensão da pele que será retirada;
- formato e volume dos seios.
Portanto, é sempre uma cirurgia feita de forma personalizada, tendo em vista a avaliação individualizada.
Mastopexia sem implante
Ela pode ser feita com incisões das seguintes formas:
- ao redor das aréolas;
- cortes ao redor das aréolas e cortes verticais, que se estendem da aréola até o sulco inframamário, aquela dobra que se forma abaixo das mamas;
- cortes ao redor das aréolas, cortes verticais e cortes horizontais que seguem o sulco inframamário.
No entanto, a cirurgia não é uma questão apenas de ressecção da pele excessiva e síntese do corte (sutura). É feito uma técnica bastante complexa:
- é preciso reajustar o conteúdo interno para dar um formato mais natural;
- o complexo areolomamilar geralmente precisa ser reposicionado para que adote uma posição adequada em relação aos eixos dos seios;
- em alguns casos, as aréolas podem precisar ser reduzidas com incisões ao seu redor.
Portanto, é um trabalho bem criterioso do cirurgião plástico. Durante o procedimento, ele executa alguma intervenção nas mamas e, depois, faz ajustes finos para proporcionar uma aparência mais harmoniosa.
Mastopexia com implante de silicone
O objetivo da mastopexia com implante de silicone é amenizar a ptose mamária e trazer uma maior projeção às mamas. Esse procedimento é bastante desafiador em termos técnicos.
Além disso, como os silicones aumentam a força do peso sobre a pele da mama, é preciso se atentar para a durabilidade dos resultados. Portanto, é uma cirurgia que exige um planejamento cirúrgico muito detalhado.
Por exemplo, em mamoplastias de aumento, o implante de silicone pode ser instalado em diferentes planos dos seios:
- abaixo do tecido glandular mamário (inserção subglandular);
- posteriormente ao músculo da mama (inserção submuscular);
- em plano duplo (dual plane), em que uma parte do implante é recoberto pela glândula mamária e a outra, sob o músculo.
Para resultados mais duradouros, é preciso melhorar a sustentação do implante nas estruturas mais profundas dos seios. Assim, reduz-se o peso que ele exerce sob a pele dos seios. Para isso, além do dual plane, outras táticas podem ser utilizadas, como a alça de sustentação muscular e o reforço no sulco inframamário. Metaforicamente, podemos dizer que criamos um sutiã interno.
Para um refinamento e melhor acabamento do contorno mamário, tem-se a opção também do uso do enxerto de gordura que promoverá mamas mais harmônicas.
Para resultados duradouros mais naturais, a sustentação do implante não pode ser muito rígida. Afinal, é impossível evitar a flacidez e a queda das mamas à medida que a paciente envelhece. Então, a fixação do implante deve ser mais flexível e acompanhar as mudanças no corpo da paciente. Desse modo, evita-se o efeito de dupla bolha, no qual o implante fica preso em um local enquanto a pele ao redor cai, tornando evidente a sua presença.
Portanto, existem diversas formas de realizar a mastopexia. Em todo o caso, é importante que as escolhas sejam individualizadas para cada caso. Ou seja, as decisões cirúrgicas dependerão das características e dos objetivos das pacientes, por exemplo. O objetivo mais importante é proporcionar efeitos mais naturais e harmoniosos.
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