A doença de Alzheimer é a condição neurodegenerativa mais comum no mundo, seguida pela doença de Parkinson. É popularmente conhecida como “Mal de Alzheimer” e é caracterizada, basicamente, por quadros de demência e declínio cognitivo.
Ela ocorre principalmente devido a deposição de proteínas e emaranhados neurofibrilares que levam à morte de células, perda progressiva de sinapses e neurônios, o que resulta na atrofia cerebral e perda da função da região acometida.
A doença de Alzheimer é mais comumente diagnosticada na população idosa, tornando- se mais comum em indivíduos com mais de 65 anos de idade e ainda mais frequente em indivíduos com mais de 85 anos.
Por isso, o avanço da idade é definido como principal fator de risco para o desenvolvimento da doença de Alzheimer. Além disso, alguns hábitos como tabagismo, consumo de álcool, sedentarismo, hipertensão arterial sistêmica e diabetes, também são considerados fatores de risco.
De acordo com o relatório da Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAZ) de 2021, existem cerca de 41 milhões de indivíduos no mundo com doença de Alzheimer. A estimativa é que até 2030 esse valor tenha dobrado e em 2050, triplicado.
Já no Brasil, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), atualmente, cerca de 1 milhão de brasileiros vivem com a doença de Alzheimer.
O seu diagnóstico é de difícil compreensão e se torna um grande desafio para o paciente e familiares, principalmente devido a perda de autonomia em decorrência das alterações cognitivas que a doença pode vir a acarretar.
Diante disso, é importante diagnosticar e tratar a doença de Alzheimer precocemente, visto que dessa forma, é possível retardar o agravamento dos sintomas.
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Existem formas de prevenir a doença de Alzheimer?
Sim, existem formas de se evitar o quadro da doença de Alzheimer ou pelo menos retardá-lo.
De acordo com a ABRAZ, ainda que a doença não seja considerada de carga hereditária, em alguns casos, o histórico familiar positivo pode ser um alto fator contribuinte para o desenvolvimento da doença de Alzheimer.
As pessoas que possuem nível de escolaridade alta e complexa atividade intelectual, geralmente, manifestam os sintomas dessa condição tardiamente.
Ou seja, manter a atividade cerebral potencialmente ativa pode ajudar a reduzir o risco de se desenvolver ou até mesmo retardar manifestação dos sintomas.
De outra maneira pode-se ajudar a prevenir a doença de Alzheimer a partir de mudanças em alguns hábitos de vida, tais como evitar o hábito de fumar, manter controle de diabetes e hipertensão, praticar atividade física regular e manter peso dentro dos valores adequados.
Dessa forma, os sintomas da doença de Alzheimer podem ser retardados e podem auxiliar na prevenção do quadro.
Quais são os sinais e sintomas?
Os pacientes com doença de Alzheimer apresentam sinais de demência, ou seja, sintomas que cursam com o declínio cognitivo progressivo no funcionamento da pessoa. Dentre os sintomas mais comuns, a condição pode surgir como:
- Perda de memória de curto prazo, geralmente como primeiro sintoma;
- Raciocínio lentificado, dificuldade com tarefas diárias complexas;
- Prejuízo na linguagem;
- Prejuízo visual-espacial (perda do reconhecimento de lugares, objetos, faces);
- Alterações na personalidade;
- Distúrbios do comportamento (agitação, inquietação, gritos).
Todos esses sintomas podem surgir, sendo comum a evolução gradual. Além disso, em alguns quadros podem permanecer estabilizados por determinados períodos.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico da doença de Alzheimer parte da apresentação da história clínica a um profissional médico especializado em geriatria, visto que acomete indivíduos com mais de 60 anos ou em neurologia.
O médico realiza uma investigação criteriosa por meio de uma anamnese completa com o paciente e uma pessoa que conviva com ele.
Durante os questionamentos, perguntas a respeito de hábitos de vida, nível de escolaridade, capacidade funcional, autonomia, limitações, e várias outras podem ser feitas.
O histórico familiar também é investigado, pois como foi citado, pacientes com parentes próximos portadores da doença de Alzheimer possuem chances aumentadas de desenvolver a condição.
A execução de atividades diárias pode ser utilizada para graduar o nível de autonomia do idoso. Alguns parâmetros que podem ser utilizados são os questionamentos acerca da independência na alimentação, deslocamento, uso de telefone, serviços de banco e vários outros.
Alguns testes podem ser aplicados para sistematizar e avaliar a capacidade cognitiva do paciente, como o Miniexame do Estado Mental (MEEM). Esse teste é rápido e permite graduar, de acordo com a pontuação, se a pessoa possui ou não algum grau de demência mental.
O MEEM contém 30 questões que avaliam atenção, raciocínio, memória, lógica, cálculo, compreensão, habilidade de escrita e vários outros parâmetros.
A nota de corte para diagnóstico pode variar de acordo com o nível de escolaridade do paciente ou quadro de depressão, pois interferem diretamente na resposta de algumas perguntas.
Vale lembrar que o diagnóstico da doença de Alzheimer deve ser feito a partir da exclusão de outras doenças. Para isso, a solicitação de exames pode ser realizada para excluir anemias, disfunções hepáticas, deficiências de vitaminas, doenças da tireoide e outras.
Além desses, exames de imagem, como a tomografia computadorizada (TC) e ressonância magnética (RM), podem ser utilizados também para excluir outras causas de demência, como a vascular por exemplo.
Apesar disso, o diagnóstico de doença de Alzheimer só pode ser devidamente estabelecido a partir da análise histológica de uma amostra do tecido cerebral e identificação de sinais confirmatórios.
Esse exame não pode ser feito enquanto o paciente estiver vivo, portanto, o diagnóstico da doença de Alzheimer é clínico.
E o tratamento?
Atualmente não existe forma de interromper a progressão dos sintomas ou curar a doença de Alzheimer. Porém, existem métodos para retardar a progressão da condição.
O paciente com doença de Alzheimer requer acompanhamento com uma equipe multidisciplinar junto a ações da família, amigos e pessoas próximas.
Os cuidados devem ser direcionados de acordo com as necessidades do paciente, sejam elas físicas, mentais ou funcionais. Dessa forma, o objetivo passa a ser confortar o paciente com doença de Alzheimer e oferecer uma qualidade melhor.
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