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Rinite: o que é?

Por: Dra. Elaine Vidigal

A rinite consiste, basicamente, na inflamação das mucosas nasais. É uma condição que pode estar associada a outros quadros alérgicos e respiratórios, como dermatite atópica e asma.

A rinite ocorre no nariz, estrutura composta, principalmente, por tecido cartilaginoso, que fica localizado na porção central da face e faz parte do sistema respiratório humano como componente das vias aéreas superiores.

Essa estrutura é dotada de tecido epitelial, o qual reveste a mucosa, cartilagens hialinas, vasos sanguíneos, ossos, células caliciformes responsáveis pela produção de muco e pelos.

Em conjunto, os componentes do nariz têm função de viabilizar a passagem do ar em direção aos pulmões, aquecer e umidificar o ar inspirado, além de funcionar como barreira para possíveis agentes invasores. A mucosa nasal responde às substâncias que passam por ela junto com o ar.

Por isso, quando uma substância suspeita atravessa o nariz, entrando em contato com a mucosa, células do sistema de defesa iniciam um processo inflamatório que causa a rinite e seus sintomas.

O paciente pode apresentar coceira no nariz, olhos ou garganta, rinorreia (aumento da secreção nasal), dores de cabeça, espirros, coriza e congestão nasal.

Além disso, em alguns casos o paciente pode evoluir com quadro associado a sinusite, que passa a ser chamado de rinossinusite.

A rinite não é uma condição grave e que gera grande repercussão clínica para o paciente, até porque seus quadros são na maioria das vezes, auto resolutivos. Porém, se não tratada adequadamente, pode interferir na qualidade de vida do paciente.

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Quais são os tipos de rinite?

A rinite pode ser de aparecimento agudo ou crônico, dependendo do tempo de evolução do quadro. Nos casos agudos, a rinite dura em média de 7 a 10 dias e se assemelha a quadros de resfriado comum. Já nos crônicos, os sintomas podem persistir por semanas até meses.

Além dessa classificação, a rinite pode ser agrupada em:

  • Rinite infecciosa: é causada por infecções bacterianas ou virais, quando o patógeno desses grupos atinge a mucosa nasal e promove um processo infeccioso local;
  • Rinite alérgica: ocorre quando o sistema de defesa do indivíduo identifica agentes estranhos (alérgenos), como poeira, ácaros, pelos de animais, perfumes, fumaça de cigarro, pólen e vários outros, e a partir disso inicia um processo inflamatório a fim de combater o agente;
  • Rinite não alérgica: é um dos tipos de rinite que não envolve o sistema imunológico e algumas substâncias podem desencadear a inflamação da mucosa nasal;
  • Rinite mista: se refere a quadros de rinites que possuem múltiplas causas para a inflamação, podendo ser vírus, bactérias ou até mesmo as mudanças bruscas de temperatura.

Ainda existem outros tipos, menos comuns, que são as rinites medicamentosas e hormonais, causadas, respectivamente, pelo uso indiscriminado de medicações descongestionantes nasais e alterações nos hormônios, principalmente durante a gravidez.

Quais são os fatores de risco?

Existem fatores que podem predispor o indivíduo a desenvolver quadros de rinite. Estima-se que cerca de 28 a 50% dos asmáticos têm rinite alérgica associada.

Já isoladamente, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), no Brasil, cerca de 20% da população convive com rinite alérgica.

Dentre os fatores de risco conhecidos, estão:

  • Possuir histórico familiar positivo para doenças alérgicas ou respiratórias;
  • Possuir diagnóstico de outras comorbidades respiratórias, como asma;
  • Possuir outras doenças alérgicas, como dermatite atópica;
  • Conviver em ambientes que expõe o indivíduo constantemente a substâncias alergênicas;
  • Tabagismo (hábito de fumar) ou ser tabagista passivo (conviver com pessoa que fuma) por longos períodos.

Todos esses fatores podem desencadear processos de rinites, principalmente a do tipo alérgica. Apesar disso, existem maneiras de se prevenir em alguns casos, visto que a maior parte deles está ligada aos hábitos de vida.

Diante disso, a cessação do tabagismo, diminuir a exposição a alérgenos, evitando o convívio com animais de estimação, além de reduzir contato com substâncias, pelas quais o indivíduo sabe que é alérgico.

Como é feito o diagnóstico, controle e tratamento?

Inicialmente, é realizada uma análise da história clínica apresentada pelo paciente. A partir do relato da presença, persistência e recorrência dos sintomas e histórico familiar a hipótese diagnóstica de rinite é levantada.

Após isso, testes diagnósticos, como cutâneos e dosagem sérica para imunoglobulina (anticorpos) podem ser solicitados. Em casos de confirmação da hipótese diagnóstica, o tratamento é iniciado.

O paciente pode fazer uso de medicamentos anti-histamínicos e corticoides, por via nasal ou oral, se necessário. Além desses, métodos para alívio dos sintomas e soluções salinas para limpeza da mucosa nasal podem ser utilizados.

Outras opções são as técnicas de dessensibilização através de imunoterapia. Essa técnica prevê a administração de vacinas para promover o condicionamento do sistema imune para controle da condição.

Dessa forma, o sistema imunológico passa a responder menos quando exposto a substâncias que não são de fato agressoras.

É de extrema importância que o tratamento seja implementado e seguido. Isso porque, diversas complicações, como piora da qualidade do sono, conjuntivite, agravamento dos quadros de asma e desenvolvimento de sinusite associada, podem surgir em casos de rinite não controlada.

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