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Mastopexia: indicações e como é feita

Por: Dr. Rafael Vidigal

Existem características únicas de mulher para mulher e que com o passar do tempo elas mudam devido a processos naturais, a doenças e outros eventos. A estética das mamas é um ponto acompanhado constantemente por muitas mulheres, especialmente com o envelhecimento.

Além do volume, elas se preocupam com a elasticidade da pele do local, a firmeza e a sustentação. Com isso, algumas podem desejar a mastopexia.

Podem ser feitas intervenções tanto para modelar o formato mesmo de mulheres mais jovens como intervenções para “tratar” os efeitos do tempo. A mastopexia é empregada para as queixas de “queda” das mamas, flacidez, falta de firmeza, entre outras condições. Quer saber mais sobre ela? Acompanhe!

O que é a mastopexia?

A mastopexia é uma intervenção cirúrgica plástica para a elevação (lifting) das mamas em pacientes com queixas relacionados ao excesso de pele e queda mamária (ptose). Ela permite a retirada de uma parte do tecido cutâneo excedente, mas não é possível corrigir a totalidade da flacidez. Mesmo assim, entrega um contorno renovado aos seios.

Indicações da mastopexia

Ela é uma cirurgia para ajustar a pele em excesso na região dos seios, que pode se manifestar, como:

  • Flacidez da pele na região das mamas;
  • Estrias e adelgaçamento cutâneos;
  • Falta de firmeza nas mamas;
  • Queda das mamas (ptose mamária).

Assim, está indicada para pacientes que apresentam esses sinais, que podem surgir por diversos fatores. Entenda!

Gravidez e amamentação

Nesses períodos, o volume das mamas pode crescer significativamente devido ao desenvolvimento das glândulas mamárias para a produção de leite. Em geral, elas recuperam grande parte do volume e da consistência anteriores à gravidez.

No entanto, algumas mulheres podem se queixar de ptose mamária, sendo indicadas para cirurgia plástica.

Alterações no peso

Parte do volume das mamas é composto por tecido adiposo. Assim, mulheres que apresentam perda de peso acentuada podem ficar incomodadas com o excesso de pele na região. Em outros casos, há pacientes que relatam que passaram por diversos momentos de perda e ganho. Então, mesmo que não haja um excesso importante de pele, a presença de estrias pode motivar a realização de uma mastopexia.

Propensão genética

Há pessoas geneticamente predispostas a apresentar flacidez cutânea, estrias. Com isso, podem apresentar ptose mamária precocemente.

Efeito da força gravitacional (força G)

A gravidade, uma força vertical exercida pela Terra nos nossos corpos, é um fator que leva à queda das mamas de todas as mulheres. É um dos principais mecanismos que desencadeiam esse sinal.

Liposubstituição mamária

Devido à menor produção de hormônios sexuais na menopausa, ocorre uma involução da glândula mamária, que é substituída por gordura. Isso reduz o volume mamário, podendo provocar o aspecto murcho que incomodam algumas mulheres.

Qualidade e estrutura da pele

A qualidade da pele (flacidez, estrias, pele mais fina) determina a resistência dela à ação da gravidade. A estrutura cutânea pode ser afetada por fatores adquiridos ao longo da vida, devido a infecções cutâneas, cirurgias prévias, doenças autoimunes, entre outros motivos. Além disso, o processo de envelhecimento naturalmente reduz a capacidade de produção de fibras colágenas e elásticas.

Como a mastopexia é feita?

Após uma avaliação completa pelo cirurgião plástico, dois tipos de mastopexia podem ser indicados.

Mastopexia sem implante

As incisões da mastopexia sem implante podem ser feitas em diferentes regiões da mama, como:

  • Circular, em volta da aréola;
  • Linha vertical, desde a aréola até o sulco inframamário, que é a dobra abaixo da mama;
  • Linha horizontal, ao longo do sulco inframamário.

É necessário realizar o ajuste do conteúdo dos seios, que é chamado tecnicamente de parênquima mamário. Então, retira-se o excesso de pele (ressecção) e a estrutura é remodelada.

Para um bom resultado, é preciso ter uma atenção especial ao complexo areolomamilar para que o “bico” de ambos os seios fiquem simétricos e bem-posicionados. Em alguns casos, pode-se retirar também a pele ao redor das aréolas para harmonizar o seu tamanho com o resto dos seios.

Mastopexia com implante

A mastopexia com implante tem o objetivo de melhorar a ptose mamária ao mesmo tempo em que aumenta a projeção e promove maior firmeza das mamas. Essa combinação de procedimentos, contudo, é mais complexa do que inicialmente aparenta.

A mastopexia com implante é uma técnica muito desafiadora tendo em visto tanto a sua técnica quanto a durabilidade dos seus resultados. Por demandar uma etapa adicional, aumenta o tempo cirúrgico e os cuidados necessários para um efeito estético satisfatório.

A paciente com ptose mamária possivelmente já apresenta alguma tendência a uma menor elasticidade da pele. Desse modo, o peso do implante poderá fazer com que a queixa reincida mais rapidamente. Para prolongar os resultados da mastopexia nesse caso, é preciso oferecer uma melhor sustentação à prótese de silicone em estruturas mais resistentes.

Hoje em dia, a técnica mais utilizada nesses casos é o dual plane com confecção de alça de sustentação muscular e sutiã interno. Com ela, uma parte da prótese fica no plano subglandular, o que dá uma aparência natural e harmônica ao implante. A outra fica ancorada no músculo peitoral, dando uma sustentação maior ao implante e evitando um efeito mais pronunciado da força G.

Portanto, a mastopexia é uma cirurgia para pacientes com excesso de pele na região dos seios, especialmente nas queixas de ptose (“queda”). Esse sinal pode surgir devido a diferentes processos, como o envelhecimento e as alterações no peso. Para todos eles, ela pode ser recomendada, desde que não haja nenhuma contraindicação.

Quer saber mais sobre a mastopexia e como ela é feita? Confira nosso artigo completo sobre o tema!

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