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Mastopexia: o que é?

Por: Dr. Rafael Vidigal

A cirurgia plástica é uma área da medicina muito ampla. Ela abrange, por exemplo, procedimentos com fins exclusivamente estéticos e reconstrutivos. O primeiro auxilia as pessoas a obterem uma maior satisfação com o corpo que não estão diretamente relacionadas com condições patológicas ou acidentes.

A segunda tem o objetivo de reparar lesões causadas por traumas, anomalias congênitas e doenças. Nesse sentido, a mastopexia é uma cirurgia que pode ser empregada em ambas as finalidades.

Independentemente do motivo, é uma especialidade nobre, visto que um dos aspectos essenciais do bem-estar é uma imagem positiva do próprio corpo. Em suas consultas, o cirurgião plástico busca ouvir o paciente atentamente e conduz uma avaliação física profunda.

Assim, ele pode auxiliar o paciente a escolher os procedimentos que trarão uma maior harmonia estética dentro dos objetivos que ele expressou.

Portanto, o papel do cirurgião plástico na mastopexia vai além da execução cirúrgica, envolvendo também um extenso acompanhamento pré e pós-operatório. Quer entender melhor? Acompanhe o nosso post!

O que é a mastopexia?

“O que fazer quando a insatisfação com a queda nos seios (ptose mamária) está me incomodando esteticamente?”.

Essa é uma pergunta muito frequente das mulheres nos consultórios de cirurgia plástica, especialmente diante do envelhecimento e após o período de gestação, amamentação e menopausa. Uma das opções para corrigir esse incômodo é a mastopexia, também, conhecida como lifting (elevação) de mama.

Essa técnica cirúrgica consiste na remoção de parte do excesso de pele promovida pela flacidez, trazendo um novo contorno aos seios de acordo com os objetivos das pacientes.

Apesar de poder estar presente em qualquer pessoa, a queixa de flacidez mamária é mais frequente em mulheres com seios maiores, com múltiplas gestações, amamentação e/ou grandes alterações de peso.

O procedimento pode ser acompanhado de outras técnicas cirúrgicas mamárias, como:

  • Em mulheres com seios grandes, ela também pode ser feita com a mamoplastia redutora;
  • No caso de pacientes com seios menores que estejam insatisfeitas com seu volume mamário, a mastopexia pode ser feita com o implante de silicone.

Uma dúvida muito comum de mulheres é o impacto da cirurgia sobre as glândulas mamárias. A mastopexia, porém, intervém apenas na pele e em uma pequena porção do tecido adiposo subcutâneo. Já a mamoplastia redutora retira um maior volume da camada de gordura.

Em casos de hiperplasia mamária, pode ser necessária a retirada do excesso de tecido glandular.

Quando a mastopexia é indicada?

A ptose mamária feminina é a principal indicação da mastopexia, podendo ser desencadeada por fatores, como:

  • efeito da lei física da gravidade (força G, vertical);
  • propensão genética;
  • liposubstituição da glândula mamária na menopausa (a glândula é substituída por gordura, diminuindo o volume mamário, dando aspecto de ter murchado);
  • alterações de peso;
  • gravidez e amamentação;
  • qualidade e estrutura da pele (flacidez, estrias, pele mais fina);
  • efeito natural do envelhecimento.

Portanto, pode ser realizada por qualquer mulher, independentemente do volume dos seios. Por si só, a mastopexia não altera o tamanho das mamas, sendo destinada especificamente à sua elevação.

Além disso, é muito importante que a paciente ajuste suas expectativas antes da cirurgia. Afinal, o objetivo não é paralisar ou corrigir completamente a flacidez mamária. Em muitos casos, é possível conquistar uma correção expressiva, mas isso não impede uma nova queda.

Assim, de acordo com o grau de queda mamária ao longo do tempo pós-cirúrgico, é possível realizar a suspensão (mastopexia) mais de uma vez.

A mastopexia e os implantes mamários

As pacientes frequentemente têm dúvidas sobre a possibilidade de implantação de prótese de silicone durante ou após a cirurgia. Afinal, receiam que o peso do silicone possa agravar a ptose.

A associação da mastopexia com a inclusão de implante de silicone é um procedimento muito desafiador tanto em termos técnicos quanto na durabilidade dos resultados.

Afinal, nas pacientes com histórico de ptose mamária, pode haver uma tendência natural de que as mamas cedam. Isso, todavia, não é um impeditivo para a implantação de prótese mamária.

Para aumentar as chances de melhores e mais duradouros resultados, é importante utilizar técnicas que garantam uma boa sustentação do implante. Com isso, evita-se que aumentar a carga sobre uma pele que já está com predisposição à flacidez.

Para isso, utiliza-se uma técnica chamada implantação em plano duplo (dual plane), em que a prótese fica parcialmente coberta pelo músculo e pela glândula. Desse modo, dois terços são sustentados sob uma faixa de tecido muscular. O volume restante fica sob a glândula, no polo inferior da mama, o que ajuda a preservar seu formato arredondado.

Também, nessa técnica, simula-se um sutiã interno reforçando o sulco inframamário e realiza-se uma cirurgia na musculatura peitoral confeccionando uma alça de sustentação muscular lateral que promove apoio e sustentação lateral ao implante de silicone.

Portanto, a mastopexia é uma cirurgia que pode trazer alívio para as queixas de ptose mamária, podendo ser combinada com outras técnicas de acordo com o objetivo da paciente. Em geral, as pacientes relatam resultados satisfatórios em relação às expectativas. Para isso, a relação médico-paciente é essencial, devendo sempre haver um diálogo franco sobre as limitações e as possíveis complicações desde as consultas pré-operatórias.

Quer saber mais sobre a mastopexia e sua técnica? Confira nosso artigo institucional sobre o tema!

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